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Mais que vida útil e beleza, o cartão de visitas para os negócios
A vida nos espaços públicos e corporativos já não é mais a mesma. Usuários cada vez mais exigentes, a mídia e as questões ecológicas têm impulsionado um novo padrão de limpeza. Ou seja: já não é só estacionamento, entretenimento, requinte, variedade e conforto que contam. O item Asseio e Conservação está infiltrado nesses citados e também impera sozinho quando se avalia o consumidor. Veja a pesquisa realizada pelo Jornal O Estado de São Paulo, que resultou em um caderno especial sobre shopping centers. Quarenta e oito estabelecimentos foram visitados, e uma nota foi atribuída para cada quesito relacionado à Praça de Alimentação. No entanto, banheiros, corredores, estacionamento, entre outros, também fizeram parte da avaliação. Pense então qual foi o peso do Tratamento de Pisos para o resultado final, bom ou ruim (veja na página 28 os resultados).
Bem, seja num hotel, num edifício, hospital, igreja, clube, shopping ou praça – a forma de limpar, higienizar e às vezes polir um revestimento faz toda a diferença para a sua vida útil e atratividade do ambiente. Podemos dizer tranquilamente que é o cartão de visitas para os negócios.
Muitas opções, mas como limpar?
Outra característica do mercado de hoje é que existe uma gama muito maior de opções em revestimentos de pisos, tornando a higienização muito mais específica e complexa. Além disso, o consumidor mudou a sua visão em alguns outros aspectos.
Segundo a química Simone Almeida de Oliveira, gerente Industrial de uma empresa de selantes e com experiência nessas mudanças, em um passado recente a maior preocupação do mercado consumidor desta modalidade de produtos era especificamente o preço aparente, ou seja, o preço do produto individualmente e na parte técnica o “brilho momentâneo” que o mesmo produzia, sem avaliar os demais custos agregados que envolvem a operação. Com a atual oferta de produtos oriundos de novas tecnologias, como a exemplo ceras e bases seladoras resistentes à presença de água, umidade, incidência solar, resinas não oxidantes, que evitam o amarelamento do filme, uma nova tendência surgiu no mercado em observar a relevância do custo final do tratamento e não mais o preço exclusivamente.
“Nesta ótica, hoje podemos constatar que produtos com preços mais elevados proporcionam um custo final do tratamento bem mais otimizado devido à característica maior de sua durabilidade (resistência) e preservação do brilho inicial (não amarelamento). Esta tecnologia proporcionou um menor consumo de produtos somados a uma redução de operacionalização, que inclui fatores como tempo, número de mão-de-obra entre outros. Desta forma entendemos que a tendência atual é buscar um padrão de qualidade cada vez maior com a sustentação crescente da otimização dos custos totais de operação”, explica ela.
Tipos de pisos e cuidados
Mas que tipos de pisos existem? Quais os cuidados e o produto mais indicado? Bem, são basicamente dois: os pisos quentes – aqueles que não aceitam a limpeza úmida, exemplo, como madeira, emborrachado, carpete e marmoleum linnoliun. E os pisos frios – que aceitam limpeza úmida. Dentro da classificação de pisos frios temos os porosos (granilite, granito, mármore, marmorite, concreto e cerâmica) e os não-porosos (vulcapiso, paviflex, plurigroma e fórmica). De acordo com Simone, o tratamento e produtos para pisos quentes são mais restritos, pois é fundamental levar em consideração a questão da utilização da água, fazendo com que na maioria dos tratamentos sejam adotados produtos à base de veículo não aquoso e operações a seco. Já para pisos frios, o ideal é realizar um tratamento que englobe as etapas de limpeza e remoção do tratamento pré-existente; selamento e nivelamento do piso, em especial nos casos de pisos porosos, mediante a aplicação de um selador ou base seladora; impermeabilização ou acabamento utilizando ceras à base de resina acrílicas; e, finalmente, a manutenção em periodicidade definida com detergente apropriado.
Qualidade no resultado e maior vida útil Mas o que não fazer em tratamento de pisos quando se quer qualidade do resultado final e maior vida útil do material? Primeiro, mostre ao seu cliente que é preciso não avaliar o tratamento pelo preço isolado dos produtos em detrimento da qualidade, e empregar nas operações mão-de-obra qualificada, fatos que isoladamente ou em conjunto ocasionam na obtenção de resultados aquém das características que os produtos modernos proporcionam.
Na vertente dos produtos ecologicamente corretos, esta é uma realidade. De acordo com a gerente Industrial, as pesquisas para produtos à base de resinas metalizadas com tais características estão avançadas, porém não podemos afirmar que existirá uma geração de resinas que atenderá este conceito, outrossim um tratamento não é composto apenas por resinas. Nos demais segmentos, já existem detergentes para a manutenção das áreas que se enquadram perfeitamente no critério ecologicamente correto.
Entretanto, sem este produto sustentável ou não, alguns parâmetros devem ser observados e respeitados quando submetemos um piso a um tratamento, os quais podemos citar: o percentual de umidade relativa do ar; as condições de ventilação do ambiente; a total e completa remoção do detergente utilizado na etapa de remoção, bem como os resíduos do filme anterior; o grau de nivelamento de porosidade do piso; o tempo de secagem entre a aplicação de uma camada e outra, o correto sentido de aplicação do produto e o equipamento e utensílio adequado para a operação. Etapas, benefícios e aplicações O tratamento de pisos é um processo de impermeabilização, renovação e proteção de pisos. Tem como etapas: • A lavagem e remoção de todas as sujidades, tais como incrustações, ceras velhas, seladores, resinas, tratamentos antigos, etc. • Selagem e impermabilização • Brilho/acabamento: aplicação de cera, filme duro, de alta resistência e com brilho de molhado, antiderrapante.
Já os benefícios podem ser classificados como: • Proteção e conservação do piso • Aumento da vida útil do material • Ação antiderrapante, oferecendo maior segurança de trafegagem • Facilidade de limpeza de rotina • Enobrecimento do ambiente • Melhor custo/benefício na manutenção do dia-a-dia.
Agora, quando falamos em processo, o tratamento de pisos pode ser aplicado em: pisos de madeira, pisos de carpete de madeira, vinílicos, de cerâmica, de ardósia, de mármore, de granito e granilites, pedras, mosaico, pedra São Tomé e pisos de cimento.
Nos cuidados do ato de limpar, temos algumas particularidades. Veja: • Cerâmica – exige atenção. Em pós-obra, cuidado com a higienização, uma vez que é comum a existência de materiais abrasivos à superfície. O primeiro passo é remover resíduos soltos para então limpar com uma esponja ou pano de algodão umedecido em água; se necessário, com detergentes neutros. Não utilize materiais com cerdas de aço ou qualquer outro metal, como esponjas de aço, que podem riscar, danificar e retirar o brilho do material. E se ainda assim for necessária a remoção de restos de materiais, use produtos específicos para retirada de resíduos pós-obra. • Limpeza rotineira – pano úmido ou esponja, detergente neutro e se necessário removedor específico. Evite o uso de detergentes agressivos, ácidos ou soda cáustica, além de escovas e produtos concentrados de amoníaco, que atacam o esmalte das peças e seu rejunte. • Conforme o local e a necessidade, recomenda-se o uso de enceradeira industrial com mantas abrasivas verdes. Em freqüência, tudo vai depender do tipo de uso e grau de sujidade. Indústrias alimentícias, por exemplo, requerem mais de uma manutenção por dia. • Porcelanato – por se tratar de um material delicado, tenha cuidados mais pontuais, reservando substâncias específicas para tal higienização. A manutenção deve ser feita periodicamente com detergentes neutros, alcalinos ou à base de amônia, além de água sanitária diluída. Não é recomendado uso de ceras ou intensificadores de brilho. • Paviflex – varra o piso com mop pó ou vassoura de pêlo; limpe com detergente neutro, utilizando mop água. • Pisos de borracha – pode-se usar enceradeiras de lavagem com desengraxantes ou detergentes líquidos. Evite produtos clorados e nunca faça uso de produtos em pó. Outra recomendação é a manutenção com lavagem a cada seis meses, um ano, dependendo do tráfego pelo local. • Granito e mármore – por se tratar de revestimentos com variações de cores e manchas, recomenda-se o uso de pano macio e água, podendo eventualmente misturar detergente com água para completar a limpeza. Mas atenção: evite usar água sanitária, ácido muriático, produtos oleosos ou material corrosivo.
• Carpete – exige manutenção diferenciada para cada espaço. Em corredores, faça a aplicação de um pó absorvente, lançado sobre o carpete e varrido o espaço entre os pêlos, para absorver a sujeira. Nas escadas, use lavadoras com escovas rotativas, que impregnam espuma e retiram a sujeira. Por fim, para os halls de entrada, os aspiradores são os mais indicados, pois removem líquidos e detritos que permanecem nos pêlos. Recomenda-se ainda uma limpeza mais profunda em intervalos regulares com o objetivo de eliminar oleosidade e gordura que podem ter aderido ao carpete. Para isso, uma solução é o detergente spray ou água quente, extraindo o líquido por sucção. Outra saída: aplicação de xampu utilizando máquinas cilíndricas ou de rotação, levando a sujeira a se desgrudar dos pêlos e ficar suspensa na espuma. Complete – para todos os casos – com aspiração regular, mesmo em áreas de baixo tráfego.
Mas não se esqueça: independente do procedimento, dê atenção especial ao produto e à mão-de-obra qualificada. Só assim o seu cliente e seus consumidores poderão se sentir valorizados por estarem em um ambiente agradável, limpo e saudável. A imagem é o primeiro, segundo e terceiro quesito que conta ao adentrar num espaço, seja ele de negócios, lazer, cultura, moradia ou aprendizado. Você nunca sabe quando uma visitação/pesquisa poderá ser feita, mas pode determinar a nota atribuída ao espaço, basta olhar sempre para a limpeza correta!
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