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Edição 40 - Caso Real

Revisar e planejar na área de serviços

Ao iniciar mais um ano, é comum a preocupação quando as expectativas giram em torno dos negócios. É fundamental que estejamos munidos de certezas, de dados concretos que possam embasar nossas ações.

Em um mercado em expansão, como o da prestação de serviços (em que a concorrência é acirrada e não há chance para equívocos), os pequenos detalhes qualitativos fazem toda a diferença no momento de conquistar novos clientes. Afinal, no setor de higiene, limpeza e conservação ambiental atuam cerca de 12 mil empresas no Brasil, entre prestadoras, fabricantes de produtos químicos, equipamentos e acessórios.

Mas o que essas empresas esperam para 2006? Como pretendem agir? Onde estarão concentrados seus investimentos?
No país do futebol,  especialmente em ano de Copa do Mundo, considerando as cinco horas de diferença entre Brasil e Alemanha, as corporações temem pela estagnação do mercado e da economia em meados do mês de junho, já que em 2006 também será decidido o presidente do País – escolhas que podem mudar os rumos da nossa economia.

"Um ano com eleições abrangentes é aquele no qual o empresário observa o ambiente externo para investir em novas atividades, captar financiamentos e promover o crescimento de suas atividades. Este movimento interfere diretamente no ciclo de serviços que oferecemos ao mercado. Será um ano de consolidação das alianças com os clientes instalados", afirma Paulo Magalhães, diretor-executivo da Brasanitas.
Mas além disso, o que o setor acredita ser um empecilho para o crescimento em 2006? Para alguns, mudanças na política fiscal e na legislação trabalhista, aumento do salário mínimo, estagnações no mercado, aumento de custos e atuação eficaz da concorrência são fortes candidatos a exercer influência negativa em relação ao crescimento.

Segundo Pedro Salla Ramos Filho, sócio-diretor da Maxi Service, alguns itens podem influenciar negativamente, como "mudança tributária ou fiscal que já são rotinas em nosso País, concorrência predatória, pregão ou leilão, sem qualificar ou mesmo sem exigir garantias seguradas do serviço pelo preço inacessível proposto e aceito", conta ele, que entende ainda que o treinamento e a fidelização (tanto de clientes como de fornecedores agregados à capacitação em multisserviços) farão o diferencial no decorrer do ano, além de uma postura ética e de responsabilidade social.

Já para José Ferreira, diretor da Valitec, as eleições devem manter o crescimento econômico do País. "As perspectivas para este ano são bem animadoras. Considerando que teremos eleições, é pouco provável que o Governo Federal tome alguma medida – como nos anos anteriores – e que prejudique o crescimento da economia como um todo e em especial o setor de serviços", explica o empresário.

Assim, para responder a essas e outras perguntas relativas às expectativas do mercado de higiene e limpeza, a Revista Higipress convidou empresas associadas à Abralimp para um diagnóstico dos seus mercados (ver pág. 16). Acompanhe também o que eles acreditam ser o empecilho para o crescimento em 2006:

“Mudança no otimismo econômico reinante atualmente. Se houver queda nesse otimismo, ocorrerá uma retração nos novos negócios em nosso segmento”.

Antonio Salvador Morante
Diretor do Grupo FB

“O próprio crescimento da economia, pois a influência de baixos negócios reacende nas empresas a visão de corte de custos, e os contratos de sustentação patrimonial são os primeiros a serem lembrados”.
Francisco Eduardo Almeida

Duarte - Socio-proprietário da
Ética Conservação

“Interferência do Governo elevando custos e tributos. Temos que reverter as expressivas transferências compulsórias (a tributação mais do que dobrou nos últimos anos) ao Governo, que melhoram a arrecadação mas inviabilizam a terceirização”.

Fernando Queiroz Cintra do Prado
Diretor Comercial da Basse

“Por ser ano de eleição e eventualmente afetar a estabilidade econômica, poderá haver alguma estagnação no mercado. Em contrapartida, nossa previsão de investimentos para 2006 é de 2% do faturamento, aumento da força de vendas, intensificação do treinamento de toda a equipe, com o desafio de manter os clientes, fidelizá-los ainda mais, oferecendo ainda, cada vez mais, o melhor serviço em todas as etapas do processo”.

Ereni Ribeiro Tinoco
Diretora da Muralha Serviços

Nada. Não crio expectativas em cima de políticas econômicas e evito prestar serviços para órgãos públicos. Mantenho indicadores que permitem recuar os custos administrativos sem prejuízo da qualidade. Além disso, busco a diversificação”.

Djalma Quintino Malta Filho
Diretor Comercial da Dikma

“Dependerá do grau de estagnação na economia do País, que geralmente ocorre em anos com eleições, e, porque não, com o evento da Copa do Mundo de Futebol”.

Ângelo Sérgio Morena
Superintendente da Treze & Paulista

Atuação eficaz da concorrência. No entanto, devido ao saldo positivo em 2005, a empresa prevê um crescimento de 40% este ano – tudo graças aos investimentos constantes na profissionalização dos funcionários, na aplicação de métodos para aumentar a produtividade e reduzir custos, e na adoção de critérios para selecionar os clientes, prática pouco usual entre as empresas do setor”.

Alexandre Falbe-Hansen
Sócio-proprietário da Vikings Sistemas de Limpeza

Eleições, aumento do salário mínimo muito acima da inflação e a atuação desleal de certas concorrentes”.

Lúcio de Souza Dutra
Diretor da O. O. Lima

“Vemos um cenário adequado ao nosso crescimento”.

Paulo G. Peres - Diretor da InService

“Mudança na política fiscal e legislação trabalhista”.

Cláudio Roberto Burquim
Diretor da PauliClean

“Aumento dos custos em função do dissídio e aumento da carga tributária”.

Tomás Carlos Crhak
Sócio-diretor da Jani-King

Nesta tabela, as empresas associadas divulgaram alguns números de 2005 e o que esperam para este ano. Você poderá conferir esses resultados e expectativas sobre tudo o que diz respeito a: Faturamento Anual, Número de Funcionários, Número de Clientes conquistados, Setores dos Clientes conquistados, Expectativa de Crescimento, Abertura de Novas Vagas e Investimentos para 2006.


-) Dados não divulgados pelas empresas

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