Foi realizado, pelo 6o ano consecutivo, o Workshop de Higiene e Limpeza. Promovido pelas Indústrias Becker, o encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de setembro, na Escola de Limpeza da empresa, em Natal/RN, reunindo mais de 70 profissionais do setor, sendo 13 estados brasileiros. De cunho didático e prático, permitiu uma excelente interação e convívio entre os participantes, que puderam trocar suas experiências no dia-a-dia do processo de limpeza e conservação em ambientes institucionais. A seguir você acompanha as principais dicas e momentos:
 
Produtos Profissionais de Higiene e Limpeza X Meio Ambiente foi a palestra proferida pelo diretor das Indústrias Becker, Astriel Mendonça Júnior, cujo objetivo central foi alertar os profissionais sobre a importância da integração de comportamentos e processos para que haja o desenvolvimento da limpeza responsável e sustentável, ou seja: trabalhos e utilização de produtos capazes de reduzir o impacto ambiental nos locais onde são utilizados os sistemas de limpeza.
Astriel discorreu sobre as principais questões ambientais que têm impacto em nosso Planeta e finalizou com fatores essenciais para a manufatura de produtos de higiene e limpeza que reduzam a degradação do ambiente, como: formulações e matérias-primas isentas de fósforo, ácidos e bases fortes, metais (zinco, ferro, etc.), solventes minerais, clorados e glicólicos. Exemplificou que a partir deste mês de outubro, as fabricantes de sabão em pó serão obrigadas a reduzir o teor de fósforo presente no produto, passando de 5,8% para 4,8%; o que já é uma vitória, segundo ele, pois o projeto original do Ministério do Meio Ambiente previa a retirada total da substância, o que encareceria ainda mais o preço do produto.
Para finalizar, reforçou a importância de se acompanhar o ciclo de vida dos produtos, combinando requisitos ambientais, avanços econômicos e responsabilidade social. E mais do que isso: de que o maior trunfo para o uso racional de produtos químicos começa por treinar e qualificar a mão-de-obra e orientar os clientes para esta prática. Vale ressaltar que a Becker lançará até o final do ano a sua linha de produtos químicos, denominada linha verde (Green Seal).
Através do tema Produtividade das Ferramentas e Acessórios no Serviço de Higiene e Limpeza, o gerente Comercial da Rubermaid Tomki, Eduardo Kuhn, pontuou que o maior desafio do setor está em aplicar técnicas de limpeza utilizando ferramentas que aumentem a produtividade na limpeza, substituindo o pano, as vassouras e os rodos – que apresentam menor preço, porém uma baixa performance – por outras ferramentas que possuem ergonomia e proporcionam aumento de produtividade, a exemplo dos mops. Na prática, mostrou que a performance do mop pó, que limpa 900 metros quadrados em comparação a vassoura, com 450 metros quadrados, no mesmo espaço e tempo, além de uma qualidade superior. De acordo com Eduardo, já o mop úmido faz 500 metros quadrados, enquanto o pano de chão apenas 300 metros quadrados. Falou ainda sobre as facilidades dos carrinhos funcionais, que exercem o benefício de ser uma estação de trabalho, proporcionando economia de tempo da mão-de-obra por ser uma ferramenta que traz em um único local todos os produtos e acessórios necessários para a realização das tarefas de limpeza.
Para discutir a Mecanização e Sistemas para Higiene e Tratamento de Pisos, a Becker levou o seu diretor Ricardo Alves, além de Jaime Tomaz Risse, diretor da Plataforma, que defendeu ser possível o correto tratamento de piso, desde que se tenham claro quais são os processos adequados para gerenciar a limpeza e a conservação de cada tipo de ambiente. “Para o tratamento de piso, por exemplo, é importante definir as tarefas de limpeza e o método a ser utilizado. Qual produto químico irá usar? Quais equipamentos, ferramentas e acessórios são necessários? Ainda é importante identificar e cadastrar os objetos e superfícies a fim de descobrir quais são as fontes de sujidade, qual é o layout da área, o tipo de piso, as densidades da mobília que existem nos ambientes, o tamanho das máquinas e acessórios adequados para cada situação/ambiente, etc. Ou seja, eu só consigo um tratamento de piso adequado quando antes eu coleto informações para saber quais são os produtos que serão utilizados, pois higienizar ambientes é uma tarefa complexa e ela só passa a ser simples, quando temos determinado, através de processos, quais são as diretrizes e parâmetros a serem considerados”, enfatiza Jaime. Analisados esses fatores, é possível garantir uma maior vida útil dos objetos e superfícies, trabalhar a qualidade ambiental e, conseqüentemente, obter maior qualidade ao menor custo. Defende ainda que a mecanização através do uso de equipamentos como enceradeiras profissionais, lavadoras e aspiradores agilizam e profissionalizam as tarefas de limpeza e conservação, provendo a melhoria na qualidade dos serviços e facilidades que garantem a otimização produtiva no tratamento de pisos.
Já Ricardo Alves fez uma explanação de como deve ser realizado o processo de remoção total do tratamento de piso existente e de que forma é possível restaurá-lo. Acompanhe:

• Varrer com mop pó 
• Colocar as placas sinalizadoras 
• Diluir o removedor e espalhar no piso 
• Passar a enceradeira com disco preto fazendo cruzamento (vem num sentido e retorna no outro), para uma adequada remoção 
• Fazer aspiração mecânica a fim de uma boa remoção da sujidade 
• Jogar água para tirar o excesso do removedor e recolher a água suja com aspirador de líquidos
• Fazer o enxágüe com água limpa 
• Após secagem, polir com lustradora high speed e disco de pêlo de porco para acelerar o processo de secagem total do piso 
• Varrer com mop pó 
• Aplicar com mop finish camadas de seladora e/ou acabamento, obedecendo ao intervalo mínimo de 30 minutos entre as camadas 
• Após uma hora da última camada, aplicar um restaurador com pulverizador, polindo simultaneamente com a lustradora high speed
• Liberar a área para tráfego de pessoas no mínimo 2 horas após a restauração, se possível.

Durante todo o 2o dia do encontro, os participantes puderam vivenciar na prática os conceitos apresentados no primeiro dia. Assim, os palestrantes usaram todos os acessórios, ferramentas, produtos químicos e equipamentos utilizados no correto tratamento de piso. Na ocasião, os participantes acompanharam o passo a passo do correto tratamento de piso, quando ainda foi possível contar com a participação de outras duas empresas que apresentaram seus produtos:
Nino Tauro, gerente técnico da Klindex da Itália, através da prática, apresentou uma Máquina para Sistemas de Tratamento de Pisos de Granito e Porcelanato. Na demonstração, o equipamento apresenta três planetários acoplados com abrasivos diamantados (de acordo com o estado inicial do piso poderá utilizar a seqüência de diamantes de 1 a 7), sendo que um abrasivo dá o corte na pedra e o outro dá o polimento. A máquina pode receber três diferentes tipos de planetários, específicos para granito, mármore ou porcelanato.
Na apresentação, a pedra a ser tratada tinha 6% de reflexão; após o processo de restauro, atingiu 67%, e com a aplicação final da pasta de polimento, com disco pêlo de porco, a pedra apresentou 99% de reflexão.
Flávio Dutra Penna, da área de Serviços ao Cliente da Kärcher, fez uma apresentação dos Sistemas para Limpar da empresa. Na demonstração, utilizou uma lavadora da Linha Maxi, destacando características, facilidades e detalhes que possibilitam ao equipamento uma operação correta, a exemplo de acessórios que permitem regulagem e maior produtividade. As máquinas de limpar também proporcionam economia de energia, conforto ao usuário e aumento da sua vida útil, já que não é necessário desligá-las para curtas interrupções devido a um sistema de acionamento que desliga a máquina, não havendo desgaste dos componentes. Alertou que a manutenção é o segredo da vida útil dos equipamentos, por isso a importância de treinar e re-treinar os usuários.